Bahia
Prejuízo com fraude em requerimento previdenciário chega a R$ 2 milhões
Foram identificadas 17 prestadoras contábeis que passavam dados falsos.
27/03/2015 às 17h29, Por Andrea Trindade
Acorda Cidade
Chega a R$ 2 milhões a estimativa de prejuízo identificado nas fraudes em requerimentos de benefícios previdenciários investigadas pela Polícia Federal (PF). Deflagrada nesta sexta-feira (27), a Operação Paciolo prendeu 16 pessoas, entre elas, um vereador de Porto Seguro, região sul da Bahia. A abordagem aconteceu ainda nas cidades de Itamaraju, Teixeira de Freitas, Porto Seguro, Itabela, Prado, na Bahia, além de Vila Velha, no Espírito Santo.
Segundo aponta a investigação, foram identificados 17 prestadores de serviços contábeis que transmitiram informações falsas ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), por meio dos guias de Recolhimento do FGTS e Informações Previdenciárias (GFIP´s). Em seguida, o grupo formulava requerimentos de benefícios previdenciários fraudulentos.
A PF explica que o "modus operandi" do grupo consistia na inserção de vínculos fictícios de trabalho, tendo sido utilizadas cerca de 106 empresas para a composição do tempo de contribuição para aproximadamente 1.050 “trabalhadores” irregularmente inseridos.
Os prestadores de serviço de contábeis atuavam desde 2006 e parte das empresas utilizadas na fraude encontrava-se inativa. Segundo a PF, os seus responsáveis legais desconheciam as fraudes que vinham sendo praticadas pelos investigados. Foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva, bem como apreendidos veículos e documentos de interesse da investigação nos endereços.
A investigação sobre o esquema foi iniciado em 2011. Se comprovados, os suspeitos podem responder por falsidade ideológica, falsidade material e estelionato qualificado, cujas penas podem chegar a 18 anos de reclusão.
A PF informa ainda que a Justiça Federal de Teixeira de Freitas, na Bahia, concedeu medidas cautelares contra os suspeitos como bloqueio dos pagamentos e suspensão dos benefícios ativos, suspensão do certificado digital, suspensão da atividade econômica dos investigados, além do bloqueio de bens e valores.
Além da Polícia Federal, a operação contou com participação do Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal. Ao todo, participaram da ação 130 policiais federais e 30 servidores da Previdência. A PF explica que o nome da operação foi dado a Luca Bartolomeo de Pacioli, um monge franciscano e célebre matemático italiano, sendo considerado o pai da contabilidade moderna.
Fonte: G1
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