Economia

Com alta do dólar movimento no Feiraguay cai 30%

A interferência da alta do dólar é imediata nos preços dos produtos comercializados no entreposto comercial.

20/03/2015 às 06h39, Por Andrea Trindade

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Daniela Cardoso

Com a alta do dólar, comerciantes do Feiraguay já sentem o impacto nos preços dos produtos, que na maioria são importados, e com o repasse para os consumidores, o movimento já caiu cerca de 30%. De acordo com o presidente da Associação de vendedores ambulantes do Feiraguay, Rodrigo Sodré, a interferência da alta do dólar é imediata nos preços dos produtos comercializados no entreposto comercial.

“De fato a alta do dólar se reflete no Feiraguay. Geralmente a interferência é imediata, se reflete logo. Até mesmo pela fisionomia dos comerciantes percebemos que eles estão desanimados por conta do afastamento dos clientes. Acho que ocorre também uma crise na cabeça dos consumidores devido a essa alta, pois muitos já começaram a refazer suas contas, pensando em uma crise maior futuramente, e eu creio que as pessoas já estão se resguardando devido a diversos aumentos, como na energia e na gasolina”, analisou.

De acordo com Rodrigo Sodré, atualmente os comerciantes não viajam para comprar mercadorias no Paraguai, pois existem importadoras no Brasil que facilitam o trabalho. Segundo ele, os produtos são comprados em real pelos comerciantes, mas, anteriormente, são compradas em moeda americana e por isso o aumento do dólar interfere no preço final do produto.

“Hoje muitos comerciantes tem a dificuldade para viajar devido a fiscalização e não compensa mais ir até o Paraguai fazer compras. Como existe muitas importadoras em todo o Brasil, a maioria em São Paulo, tudo ficou mais fácil para a gente”, disse.

O comerciante João Gomes, afirma que com a alta nos preços o movimento na loja dele caiu muito. “O dólar é o termômetro da economia brasileira e pra gente que trabalha com produtos importados o dólar influencia muito. Caiu o movimento na minha loja, desde que o dólar começou a aumentar. O aumento na mercadoria faz o cliente desaparecer”, afirmou.

Já o comerciante Sandro Santos disse que por enquanto, a alta do dólar, ainda não impactou nos preços que são repassados aos consumidores, já que a loja possui mercadorias em estoque. Porém ele afirmou que não terá condições de segurar o repasse por muito tempo.

“Acredito que não vamos consegui segurar tanto a situação. Já estamos negociando com algumas importadoras de São Paulo, para que elas também absorvam esse aumento. Por enquanto estamos segurando o que podemos. Após o carnaval o movimento caiu um pouco, mas melhorou no mês de março, apesar de já ter reflexo nas vendas”, disse.

Fotos e informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade
 

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