'Médico não é para cuidar de papel', diz Rui Costa

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Após o deputado federal diplomado Jorge Solla (PT) criticar algumas medidas adotadas pelo governador Rui Costa, a exemplo da extinção das 31 Diretorias Regionais da Saúde (Dires) e criação de nove Núcleos Regionais de Saúde (NRS), o gestor estadual se pronunciou na última segunda-feira (26) e afirmou que ‘médico não é para cuidar de papel’.

Jorge Solla, que foi secretário estadual da Saúde no governo Jaques Wagner, criticou a medida tomada pelo seu sucessor na Sesab, Fábio Villas-Boas. Para Solla, o fim das Dires reduziria a capacidade de ação do Estado na área de saúde e dificultaria ações estratégicas.

Rui Costa afirmou que a mesma medida tomada com as Dires, foi tomada na Segurança Pública e na Educação, que abrigam servidores que estão nas repartições públicas cuidando de questões burocráticas, função que, segundo ele, diverge da qual prestaram concurso público.

“Tínhamos nas Dires dois mil funcionários. Cento e cinquenta médicos, entre eles 20 e poucos obstetras. Eu prefiro ter obstetra no hospital fazendo parto, salvando vidas de crianças, do que cuidando de papel. Tinham anestesistas nas Dires. Eu prefiro ter anestesistas nos hospitais aumentando o número de procedimentos cirúrgicos. Tinham muitos pediatras cuidando de papéis e da burocracia. Eu prefiro ter os pediatras cuidando das crianças. Então, é essa a minha determinação e é isso que será feito”, destacou. 

Rui Costa ressaltou que os serviços realizados pelas Dires, que são considerados essenciais, serão mantidos. Para isso, de acordo com ele, os profissionais serão substituídos por “pessoas competentes e capazes, desde que não sejam médicos, anestesistas, cardiologistas”. O gestor estadual disse ainda que respeita a opinião de todos, mas que seu compromisso é com as pessoas.