Feira de Santana

Ex-deputado alerta sobre problemas futuros na duplicação do Contorno Oeste

Ele cobra discussões para debater o assunto.

18/12/2014 às 13h17, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Após reclamações de moradores do conjunto Oyama Figueiredo, em Feira de Santana, de problemas com o acesso ao local, por conta da duplicação do Anel de Contorno, o ex-deputado federal Colbert Martins Filho alertou para problemas futuros que possam ocorrer com a duplicação do Anel de Contorno Oeste. Ele cobra discussões para debater o assunto.

“É uma preocupação minha, do vereador Isaias de Diogo e do vereador Marcos Lima, desde o período de junho. Eu mandei dois ofícios ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Salvador, pedindo que viesse aqui para discutir os problemas do Contorno Oeste, mas não obtive resposta”, afirmou.

Segundo Colbert Martins, o problema do Contorno Oeste pode ser muito mais grave do que os problemas que estão acontecendo atualmente nos conjuntos Viveiros e Oyama Figueiredo e que já resultaram em protestos de moradores contra o fechamento de acessos aos locais.

“Serão problemas no Feira IX, no Jardim Cruzeiro, no bairro Gabriela, no Sobradinho, na entrada do George Américo, no Campo Limpo, na entrada da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Então são diversos locais e é preciso que a discussão aconteça. Tem gente falando em audiência pública, mas já existe ordem de serviço e vamos ter problemas muito mais sérios de acessibilidade dentro do Contorno Oeste do que os que já aconteceram nos locais onde as obras foram realizadas pela ViaBahia”, disse.

Sobre a entrada da Uefs, a assessoria de comunicação informou que já está prevista a implantação de um viaduto para não prejudicar o acesso à instituição.

O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, José Pinheiro, falou sobre os problemas que ocorreram com a duplicação do Anel de Contorno Sul, especificamente com os moradores do bairro Viveiros.

“O Dnit autorizou a ViaBahia a fazer o processo e o prefeito autorizou a obra, que é muito importante. Só que a ViaBahia nunca apresentou os projetos de drenagem, de impacto ambiental, de impacto visual. Já na metade da da obra que eles vieram apresentar um projeto, quando nós questionamos”, declarou.

O secretário estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto, informou que audiências públicas devem ser realizadas a partir de janeiro, para discutir as obras do Contorno Oeste.

Sobre o projeto, ele informou que foi autorizado apenas para executar a obra. De acordo com o deputado, a empresa responsável pela obra também é responsável pelo projeto, o que fará com que o processo ocorra de forma mais acelerada.

“O que eu acho engraçado é que o secretário Pinheiro diz que o prefeito anterior foi quem autorizou fazer a obra no bairro Viveiros. Eu pergunto, quem era o prefeito anterior? E quem eram os técnicos que cuidavam disso? São os mesmos que cuidam hoje. Assumam a responsabilidade de que não sentaram com a ViaBahia, não fizeram audiência pública. O certo é que no Oeste vamos fazer o dever de casa e fazer a coisa certa. Vou convidar o Dnit para participar dessas audiências em janeiro e fevereiro”, afirmou o deputado Zé Neto.

O secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito, também falou sobre o assunto. Ele informou que o Dnit está pedindo uma declaração da prefeitura, por saber que Feira de Santana tem uma legislação em vigor. Brito disse que vai cobrar os projetos que são importantes para o bem da cidade.

“Tenho um documento assinado, de quando eu era secretário na gestão anterior, dizendo ao prefeito Tarcízio Pimenta que não aprovasse o projeto, pois ia prejudicar o povo. Pinheiro não assinou o documento autorizando obra nenhuma. Eu não aprovei documento nenhum, pelo contrário, recomendei não aprovar”, disse se referindo à obra do Contorno Sul.

Brito afirmou que o Dnit está tendo o cuidado que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não teve. “O Dnit mandou uma declaração para que nós informássemos se o projeto está compatível com a legislação municipal. Nós estamos pedindo ao Dnit que mande o projeto, mas ele vai estar em fase de execução, pois a contratação foi feita em regime diferenciado. O município não tem nenhuma dificuldade de aprovar esse projeto. Estamos pedindo que apresente esse projeto. Nós não estamos discutindo política”, afirmou. 

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