Saúde

Em 2014, número de cirurgias bariátricas cresce 10% em relação a 2013

Segundo o especialista, a cirurgia bariátrica hoje é usada como uma forma de dar qualidade de vida para o paciente obeso

27/11/2014 às 09h54, Por Kaio Vinícius

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Agência Brasil – O número de cirurgias bariátricas feitas no Brasil aumentou 10% em 2014 em relação às feitas em 2013. O número é uma estimativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), que prevê que sejam feitas 88 mil cirurgias até o fim deste ano. Segundo o presidente da SBCBM, Almino Ramos, o aumento está dentro do esperado, mas a demanda é bem maior: 7 milhões de pessoas aguardam indicação da cirurgia.

Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico do Ministério da Saúde de 2013 indicam que 50,8% dos brasileiros estão acima do peso e 17,5% são obesos. Os percentuais são 19% e 48% superiores aos registrados em 2006, quando a proporção era 42,6% e 11,8%, respectivamente. A obesidade é considerada fator de risco para doenças crônicas como diabetes, hipertensão e para alguns tipos de cânceres.

Ramos diz que o procedimento não é a primeira alternativa para os obesos. “Os casos que chegam à cirurgia já passaram por todas as etapas do procedimento clínico, os pacientes já passaram pelo uso de medicamentos, cuidados nutricionais, já tentaram outras medidas e não conseguiram perder peso”, explica.

Segundo o especialista, a cirurgia bariátrica hoje é usada como uma forma de dar qualidade de vida para o paciente obeso, pois ameniza e até elimina problemas relacionados ao excesso de peso, como o diabetes tipo dois. “Os resultados da operação têm tido uma conotação um pouco diferente. Antigamente a base era só a perda de peso do paciente. Recentemente o objetivo é a melhora das doenças clínicas do paciente. A obesidade leva à uma série de problemas, como hipertensão, diabetes, problemas ortopédicos que juntos ocasionam sérios riscos ao paciente. A cirurgia vem dar qualidade de vida a este paciente”, ressalta

Ramos alerta que o paciente que vai passar pelo procedimento deve entender que não é apenas uma cirurgia, é um programa que envolve acompanhamento médico, psicológico e nutricional. Uma mudança de alimentação e de estilo de vida, que juntos irão colaborar para que a pessoa obesa venha a ter qualidade de vida.

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