DEM busca alternativas para evitar perda de espaço

Há muita espuma e pouca água na onda de especulações sobre o futuro do DEM e de um dos principais líderes do partido, o prefeito ACM Neto, confidenciaram integrantes da cúpula da oposição e articuladores políticos do Palácio Thomé de Souza. No momento, existem apenas dois fatos concretos. O mais claro deles: os democratas se movimentam cada vez mais rápido para encontrar um novo destino para a sigla a partir de 2015. Sabem que, com 22 deputados, perde-se não somente tempo de TV, mas sobretudo vagas em comissões, cargos e assento na mesa diretora da Câmara. Em síntese, a “nanicalização” pura e simples. O que não sabem ainda é qual a fórmula ideal e de consenso. É justamente aí que as certezas se dissipam. Na mesa, duas alternativas têm maior força – fusão com siglas que também perderam espaço – como PDT, Solidariedade ou Pros, por exemplo – ou formação de blocos para atuação conjunta no Congresso. Por último, cogita-se também a migração em massa para o PSDB. O desenho final, segundo estimam as fontes, ganhará contornos visíveis apenas depois da primeira quinzena de novembro. A segunda certeza no processo de mudança do DEM: ACM Neto descartou completamente a probabilidade de aderir à base de apoio ao governo Dilma Rousseff. O que não exclui seu ingresso em uma legenda que, mesmo pertencendo ao arco de alianças do Planalto em nível nacional, dê aos seus quadros a opção de se manter na oposição e de agir de acordo com as realidades políticas regionais. Casos do PMDB e do PSD, por exemplo. As informações são do Correio.