Entrevista

Em busca do primeiro emprego? Veja dicas de especialistas

O supervisor do CIEE, Claudio Moreira, e o assistente de atendimento ás empresas, Franklim de Jesus Nunes, estiveram na manhã desta terça-feira no programa Acorda Cidade, onde deram dicas e tiraram dúvidas sobre o mercado de trabalho. Confira a entrevista.

28/10/2014 às 17h46, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Os desafios enfrentados pelo candidato para conseguir uma vaga no mercado de trabalho não são poucos, principalmente se tratando do primeiro emprego. O supervisor do CIEE (Centro de Integração Escola-Empresa), Claudio Moreira, e o assistente de atendimento ás empresas, Franklim de Jesus Nunes, estiveram na manhã desta terça-feira (28) no programa Acorda Cidade, onde deram algumas dicas e tiraram dúvidas sobre o mercado de trabalho. Confira a entrevista.

Acorda Cidade: Quais os principais desafios do jovem que quer entrar no mercado de trabalho?

Claudio Moreira: Eu diria que, além do conhecimento técnico, quando você tem um embasamento acadêmico muito bom, uma escola que te dê esse embasamento, escola técnica e/ou a faculdade, isso é importante, mas você tem que ter conhecimento de valores – valores até familiares. As empresas não buscam nos jovens recém-contratados, estagiários ou aprendiz, o conhecimento técnico enraizado, porque também ele está aprendendo nesse momento. A empresa busca pessoas com atitude, que cumprem os horários, que sabem se comportar em determinados lugares. O jeito de vestir também conta. Esse jovem deve falar bem e para isso a leitura é imprescindível. O jovem deve treinar o português e essas atitudes farão o diferencia. O mercado hoje em dia tem uma concorrência grande. O número de jovens se formando é muito grande e a concorrência não é mais regional.

AC – Porque alguns jovens sempre fazem seleção para estágio e não passam?

Franklim de Jesus Nunes: Antes de qualquer coisa é preciso observar o perfil da vaga e o perfil do estudante. Se você já participou de diversas entrevistas e ainda não foi selecionado, é porque o perfil da oportunidade não está de acordo com o perfil do candidato. Mas é bom deixar claro que o estudante precisa ter habilidades pessoais, que é disposição para uma boa comunicação, bom comportamento, ele deve entender que a postura dele dentro da empresa é diferente da postura dele em casa. Ele precisa ter essa noção para se adequar e a empresa percebe muito esses aspectos comportamentais e de atitude do estudante.

AC – O que elimina um candidato logo no primeiro contato?

Claudio Moreira: Chegar atrasado, se vestir de maneira inadequada. Por exemplo, meninas com decote muito grande. Neste caso o decote vai concorrer com o que ela vai dizer. Essas situações podem eliminar um candidato. A todo momento somos vistos e vemos, então temos que ter cuidado com a forma que nos comportamos em qualquer ambiente. Quem tiver atitude proativa, planejamento, paixão pelo que faz e humildade, tem características para ter sucesso em qualquer segmento e em qualquer momento da vida. Nós somos constantes aprendizes, temos que ser ágeis na questão de atitude, temos que ser apaixonados pelo que fazemos não só no profissional, mas no pessoal também.

AC – As empresas também estão acompanhando os perfis dos candidatos nas redes sociais?

Franklim de Jesus Nunes: Hoje a rede social é um canal de avaliação do candidato. Muitos profissionais da área de recursos humanos, antes de receber o candidato, ela vai na rede social para poder fazer uma avaliação do comportamento do dia a dia. Por exemplo, um profissional que na quarta posta que ainda não é final de semana, a empresa vai analisar essa, que é uma situação complicada.

AC – Qual é a diferença entre estágio e menor aprendiz

Franklim de Jesus Nunes: O estágio é um ato contratual, que pode ter uma duração máxima de dois anos, e o aprendiz tem a carteira assinada, o que chamamos de vinculo empregatício. A depender da modalidade do contrato do aprendiz, o contrato pode durar 11 meses, um ano, dois anos. Existem características particulares de cada um. O aprendiz é um estudante do ensino fundamental, nível médio, ou até formado no nível médio, mas que ainda não faça uma faculdade, um curso técnico. O estagiário é um estudante a partir do nível médio, com ensino técnico ou superior e que tenha acima de 16 anos. O aprendiz tem uma faixa etária de 14 a 24 anos. Para ser estagiário a pessoa tem que ser estudante com frequência regular. A parir do momento que estabelecemos o contrato de estágio, ele tem direito a uma apólice de seguro em caso de morte ou invalidez, que é obrigatória por lei e disponibilizamos uma assistência em casos de acidentes para esse estagiário.

AC – Se o candidato for qualificado, mas não passa uma boa aparência visual, o que será decisivo?

Claudio Moreira: A pessoa não precisa ser modelo para consegui uma vaga, mas a pessoa precisa estar apresentável, com roupa sempre limpa, unhas cortadas, barba feira, desodorante. A pessoa só vai consegui mostrar a habilidade e competência depois que entrar na empresa. Até lá a pessoa precisa mostrar, através da imagem, que é o candidato adequado para a vaga.

Franklim de Jesus Nunes: Um dos principais testes que as empresas fazem é o desenvolvimento de uma redação, com a pessoa falando das perspectivas profissionais, de como ela se vê daqui a cinco anos enquanto profissional, ou então porque a pessoa é o candidato habilitado para ficar com a vaga. Se a pessoa não tem esse conhecimento, com certeza irá se complicar tanto na escrita, como no desenvolvimento da redação. É preciso ter coerência, coesão e isso a gente absolve ao longo dos anos de estudo e com a leitura frequente. 

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