Bahia

Paciente ganha decisão da Justiça, mas espera há 2 meses por vaga

Recepcionista Jaqueline de Lima tem aplasia medular, que afeta plaquetas. Secretaria na Bahia diz que ainda não foi possível realizar transferência.

18/10/2014 às 21h27, Por Kaio Vinícius

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Uma paciente internada em um hospital de Itabuna, na região sul da Bahia, aguarda há dois meses por uma transferência para unidade de tratamento especializado, que não existe na cidade. A situação acontece desde que a recepcionista Jaqueline de Lima foi diagnosticada com aplasia medular, doença que altera o número de plaquetas, que auxiliam na defesa do organismo. A família da paciente conseguiu na Justiça a ordem para que a jovem fosse levada imediatamente para um hospital especializado, determinação que ainda não foi cumprida.

“Tem os remédios que eu tomo, eu tenho que passar o dia todo no soro. Duas a três vezes por semana eu tenho que ‘tomar’ plaquetas. Às vezes eu tenho sangramento também”, relata a paciente.

A recepcionista está internada no Hospital São Lucas, em um quarto isolado de outros pacientes. Jaqueline saiu de Ipiaú, no interior da Bahia, acompanhada da família. Todos aguardam apreensivos por uma vaga em um centro especializado de hematologia com capacidade para tratar a doença.

“No momento ela pode ser transferida. Já houve momento que ela não podia ser transferida de jeito nenhum porque era tão grave o estado dela que se ela fosse transferida, poderia morrer na estrada”, conta a dona de casa Ednólia dos Santos Lima, mãe de Jaqueline.

No dia 30 de setembro, a Justiça determinou a transferência imediata de Jaqueline para um hospital capacitado. Caso não houvesse vaga pelo SUS, o estado deveria custear as despesas na rede particular. O descumprimento prevê multa diária de R$ 2 mil. Mesmo com determinação judicial, a Secretaria Estadual da Saúde informou que ainda não encontrou uma vaga.

“Eles pediram para a gente aguardar, mas sem dizer uma possível data de transferência”, lamenta João Souza Filho, marido da paciente.

“Cada dia que eu amanheço um pouco melhor, eu tenho mais uma fé de que vou aguentar essa vaga chegar”, acredita Jaqueline. A secretaria informou que continua buscando uma vaga para a paciente.

Fonte: G1

 

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