Saúde

Febre Chikungunya preocupa população; saiba como combater a doença

De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do MS, Jarbas Barbosa, apesar do nome complicado, a prevenção da doença é simples.

26/09/2014 às 11h36, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

Febre alta, dor de cabeça, muscular e nas articulações, e erupções na pele são os principais sintomas da febre chikungunya. 306 casos suspeitos da doença estão sendo investigados em Feira de Santana, pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e o Ministério da Saúde (MS). Deste total, 14 casos da doença já foram confirmados através de exames laboratoriais realizados pelo Instituto Evandro Chagas, do estado do Pará.

Na policlínica do George Américo, bairro onde se concentram os casos suspeitos e os já confirmados, os pacientes relatam as dificuldades enfrentadas por conta da doença. A filha da dona de casa Francisca da Conceição, Laiane Conceição de Almeida, de 15 anos, foi infectada pela febre. De acordo com a mãe da menina, após relatar os sintomas na unidade de saúde, uma equipe se dirigiu à residência dela para coletar o sangue. “Não consegue engolir nem a saliva, e o tornozelo inchou”, contou ao Acorda Cidade.

A professora Érica Oliveira Reis disse que precisou se afastar do trabalho em uma escola particular do mesmo bairro, por causa da chikungunya. Desde segunda, ela sente os sintomas da doença e teve também diarreia. “Parei porque não aguentei, e o médico me atestou ficar três dias de repouso”.

Transmissão

A febre chikungunya é provocada por um vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopicuts os principais vetores. Mas, de acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do MS, Jarbas Barbosa, apesar do nome complicado, a prevenção da doença é simples, conforme acrescentou também o secretário de Saúde do Estado, Washington Couto.

“O trabalho em campo consiste no bloqueio, da utilização do carro fumacê e das bombas costais. Mas, a gente precisa muito do apoio da população, porque é o mesmo processo da dengue. Então nós temos que cuidar da água parada, dos vasilhames, dos tanques, que devem ser tampados”, explicou Washington Couto.

Segundo Jarbas Barbosa, em entrevista coletiva à imprensa na quinta-feira (25), no hotel Pestana, em Salvador, apesar de a febre ter surgido na África, a suspeita é que brasileiros que viajaram para países da América Central, como o Caribe, onde em 2013 houve um surto muito forte da doença, e outros como Venezuela, Guiana e até mesmo a Flórida, nos Estados Unidos, possam ter trazido o vírus transmissor da chikungunya.

Feira de Santana

Em Feira de Santana, onde a grande quantidade de casos preocupa os órgãos de saúde, a secretária Denise Mascarenhas reafirmou, em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã desta sexta-feira (26), as ações que estão sendo feitas para combater o foco do mosquito, sobretudo no bairro George Américo e bairros circunvizinhos.

“Demos continuidade às ações que já vínhamos fazendo antes mesmo da confirmação. O bloqueio com a bomba costal, o fumacê e o processo educativo. A questão do controle da dengue é 50% gestão e 50% população, porque só existe a proliferação se houver o criadouro. As ações estão ininterruptas, começamos com as capacitações, com os boletins epidemiológicos que foram feitos com Sesab e Ministério da Saúde, fortalecemos o bloqueio e estamos com caminhadas em vários lugares”, enumerou.

Ainda segundo Denise, as pessoas quando virem o carro do fumacê passando próximo às suas casas devem abrir as portas e as janelas, a fim de combaterem a proliferação do mosquito. Além dessas ações, a população deve continuar com a limpeza dos quintais, dos tanques, dentre outros locais que favorecem o acúmulo de água parada.

Tratamento

Em caso de suspeita, o paciente deve procurar as Unidades Básicas de Saúde e Postos de Saúde da Família para que haja a notificação. A secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas, pede também à população que não se automedique em casa. Não é necessária internação hospitalar, pois o tratamento é feito com analgésico, hidratação e repouso.

Com informações do repórter Ney Silva e da Sesab.

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