Feira de Santana

Mutirão de gigantomastia vai atender 200 mulheres

Compareceram cerca de 350 mulheres, mas apenas 200 estão sendo selecionadas para serem beneficiadas com o procedimento.

12/09/2014 às 15h21, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva

A Fundação Hospitalar de Feira de Santana promoveu na manhã desta sexta-feira (12) um mutirão de triagem para identificar mulheres que têm gigantomastia (mamas gigantes) com a finalidade de submetê-las a cirurgias para correção. Compareceram cerca de 350 mulheres, mas apenas 200 estão sendo selecionadas para serem beneficiadas com o procedimento.

A presidente da Fundação Hospitalar Gilberte Lucas informou que esse trabalho realizado pela entidade é de grande relevância social, pois as mulheres que têm seios gigantes sofrem bastante, não apenas com a condição física, como estresse e baixa autoestima.

“Existe uma carência muito grande desse tipo de cirurgia. Estamos fazendo essa triagem hoje, depois faremos avaliação dos exames que serão solicitados e a partir de novembro, vamos começar a agendar essas cirurgias”, informou Gilberte.

O médico cirurgião Cesar kelly destaca que a cirurgia resgata a dignidade e a autoestima das mulheres e explica quais os critérios para a paciente ser selecionada no projeto.

“As mamas devem pesar mais de quatro quilos, a pessoa tem que morar em Feira de Santana, ser maior de 18 anos e ter filhos, pois a cirurgia limita a capacidade da mama no futuro”, explicou.

A cabeleireira Joilma Santana tenta fazer a cirurgia há 15 anos. Os seios dela pesam quase 6 quilos. Ela conta que desde a adolescência sofre com o problema e que já teve, inclusive, depressão por conta das ‘brincadeiras’ dos colegas na época da escola.

“Já passei por outros médicos, mas não consegui. Sinto muitas dores na coluna por causa do peso. Atinge muito a autoestima. A gente não encontra roupa em todas as lojas e isso entristece. As roupas não ficam boas, as pessoas que não entendem sobre o problema criticam. Eu fiquei depressiva na escola, pois os colegas me chamavam de ‘peituda’. A coluna dói muito, incomoda no serviço da casa, na hora de dormir, é muito ruim”, declarou.
 

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