Feira de Santana

'Não sei por que essa acusação chegou pra mim', afirma acusado de matar empresário

Eliomar se defendeu das acusações, disse que não conhecia Gil Porto Marques Neto e afirmou que tem certeza que Deus vai mostrar a verdade.

26/08/2014 às 16h06, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Prestou depoimento na Delegacia de Homicídios em Feira de Santana na manhã desta terça-feira (26) Eliomar Alexandre Rocha Nunes, apontado pela polícia como autor dos disparos que matou o empresário Gil Porto Marques Neto, no dia 21 de maio deste ano. Eliomar se apresentou na delegacia na manhã de ontem e negou a participação no crime. Eliomar também é acusado de ter praticado cerca de oito homicídios durante a greve da Polícia Militar.

A delegada Dorean dos Reis Soares afirmou que existem provas nos autos do processo que comprovam que Eliomar foi o autor dos disparos e que Ailton Nascimento da Silva, que é cabo da Polícia Militar, e Gregório dos Santos Teles, ex-agente penitenciário, que já estão presos, foram os mandantes.

“Ele alegou que é inocente, nos disse mais ou menos o trajeto dele no dia do crime, mas muitas perguntas ficaram sem respostas, pois ele alegou o direito constitucional de ficar calado. Mas temos provas técnicas que provaram que Ailton e Eliomar estavam no local do crime”, afirmou.

Leia também: Caso Gil Porto: acusado de matar empresário se apresenta na delegacia

Dorean afirmou ainda que Eliomar não explicou os motivos pelos quais havia mais de 200 ligações telefônicas entre ele e Gregório. A delegada informou que Eliomar seria o braço armado do cabo da PM Ailton Nascimento. “O inquérito policial já foi emitido e está encerrado. Os três já foram denunciados pelo promotor de justiça e o juiz já decretou a prisão preventiva dos três”, informou a delegada.

Eliomar se defendeu das acusações, disse que não conhecia Gil Marques Porto Neto e afirmou que tem certeza que Deus vai mostrar a verdade. “Já fui acusado de outros homicídios e Deus provou a verdade. Deus vai mostrar novamente que eu não tenho nenhum envolvimento com isso. Não sei por que essa acusação chegou pra mim. Minha família está destruída”, disse.

Sobre a relação com Gregório, Eliomar disse que a amizade entre eles já não existia mais e que era amigo apenas de Ailton. O acusado ainda falou sobre onde estava no dia do crime.

“Eu estava aqui em Feira, mas não sei o que estava fazendo exatamente na hora do crime, pois foi um dia normal pra mim. Pelo horário, eu acredito que estava na casa da minha mãe ou no bar do meu compadre”, disse.

Eliomar ainda explicou por que teve uma divergência com o advogado que o defende, Bender Nascimento, e por que uma das vezes em que foi preso estava com um colete e uma arma.

“Eu tive uma divergência com o advogado, pois ele queria que eu falasse alguma coisa. Mas se eu não sei, como posso falar? Eu só sei que eu não fiz nada”, afirmou. “Eu estava com o colete, pois trabalhava com segurança e a espingarda, porque sempre gostei de caçar. A arma eu comprei, pois estava sendo ameaçado”, concluiu.

As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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