Feira de Santana

Estudantes reivindicam melhorias para escola no distrito de Jaguara

A estudante reclama da falta de espaço para a realização de atividades simples, como por exemplo, passar o intervalo das aulas.

25/08/2014 às 17h07, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Estudantes do ensino fundamental do distrito de Jaguara, em Feira de Santana, estão reivindicando junto com a comunidade um ambiente adequado para as aulas que atualmente acontecem na Escola Municipal Maria Emília Pedra Braga. Em reunião convocada pela comunidade, com a presença do vereador Justiniano França, do diretor da APLB, Germano Barreto, e do diácono Gilberto, a estudante Maria de Fátima Ferreira falou sobre as condições da unidade de ensino e a impossibilidade de continuar com as aulas no local. O Acorda Cidade foi convidado para acompanhar a discussão.

A estudante reclama da falta de espaço para a realização de atividades simples, como por exemplo, passar o intervalo das aulas. Ela ainda fala sobre a falta de uma biblioteca, falta de espaço para a cantina e afirmou que algumas atividades deixaram de ser realizadas, também por falta de espaço.

“Se a educação é a prioridade do país, se a nossa dignidade depende disso, por que temos que nos contentar com esse espaço limitado, totalmente desproporcional à nossa realidade e que nos impossibilitam de crescer, de progredir? Na nossa Feira do Meio Ambiente as apresentações são feitas na rua. A nossa gincana literária já não acontece mais. No intervalo das aulas ficamos na sala. Estamos aqui para dizer que somos seres humanos, queremos lutar, queremos melhorias, queremos dignidade”, ressaltou.

“Muitos alunos saem de casa às 11h30 para vir para o colégio e chegar às 13h. Quando chegamos encontramos uma estrutura totalmente limitada. A merenda escolar fica na sala dos professores, a cantina é pequena, não temos biblioteca, por falta de espaço físico. Como é que vamos chegar a algum lugar? quem vai lutar pela gente?. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer e por isso estamos aqui. Não vamos esperar mais”, desabafou a estudante Maria de Fátima Ferreira.

Como alternativa, os estudantes e a comunidade sugerem o espaço onde funcionava o Projeto Jaguara, coordenado pelo diácono Gilberto. Eles alegam que espaço foi construído pelo governo do estado e já funcionou como escola. O diácono, por sua vez, alega que encontrou as instalações sucateadas e, através de convênio entre a paróquia e entidades, recuperou para desenvolver o projeto social.

“Se eu não tivesse um sonho, naquele local não tinha mais nada. Foi tirado tudo, desde o telhado até as paredes, que foram quebradas. Quando eu peguei o espaço sucateado, tive que fazer um convênio com quatro entidades para recuperar o prédio”, afirmou.

O diretor da APLB/ Sindicato dos Professores, Germano Barreto, disse que a entidade fará o que for possível para construir a escola no espaço do estado. “Eu botei à disposição o que for possível, pois eu entendo que no espaço do estado, tem que nascer uma escola. Nada substitui uma escola”, destacou.

Para tentar resolver o problema, o vereador Justiniano França propôs um convênio de troca, até que uma nova escola seja construída pelo governo do estado. O edil sugeriu que a escola passe a funcionar no espaço onde funciona o Projeto Jaguara, e o projeto funcionaria na Escola Municipal Maria Emília Pedra Braga.

“Será que a solução não seria um convênio? Nesse convênio ficaria bem claro que o prazo seria até se construir a nova escola. A gente teria a utilização do espaço com a garantia da continuidade do projeto e também da construção da escola”, afirmou.

O diácono aceitou a proposta e uma reunião ficou marcada para esta segunda-feira (25), para discutir a possibilidade de fazer o convênio. 

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