Polícia

Pai de Geovane nega proteção oferecida pelo Estado

O corpo de Geovane deve ser enterrado neste domingo (25) em Serra Preta, interior baiano.

21/08/2014 às 09h00, Por Maylla Nunes

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O pai de Geovane Mascarenhas de Santana, 22 anos, jovem que foi esquartejado depois de uma abordagem da Polícia Militar, afirmou que não quer auxílio o Programa de Apoio e Proteção a Vítimas, Testemunhas e Familiares de Vítimas de Violência (Provita), oferecido pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Segundo Jurandy de Santana, ele não foi ameaçado até o momento e não sente necessidade de receber proteção.

"Não vou dizer que fui ameaçado, não fui. O que eles fizeram aqui foi me convocar, me dar uma mão, se eu precisar eu posso bater na porta que eles vão me atender", afirmou Jurandy. A secretaria entende que mesmo sem ameaça, a segurança da família deve ser garantida no período da investigação. Para o secretário Reginaldo Silva, se trata de um caso delicado por envolver policiais. "Já conversamos com ele que ameaça nem sempre é só um telefonema, é só um recado que alguém manda. Um olhar, visita…", disse à TV Bahia.

O corpo de Geovane deve ser enterrado neste domingo (25) em Serra Preta, interior baiano.

Identificação

Geovane não foi morto a tiros, segundo apontam exames. O corpo do jovem, encontrado no último dia 3, no Parque São Bartolomeu foi decapitado, carbonizado e teve duas tatuagens e os órgãos genitais removidos com um objeto cortante.

Durante coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (20), o Departamento de Polícia Técnica (DPT) indicou que exames de DNA confirmaram que uma mão identificada por papiloscopia como sendo de Geovane é compatível com o corpo e a cabeça encaminhados ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML). Assim, não foi necessário o reconhecimento dos restos mortais por familiares.

Segundo o DPT, o corpo de Geovane passou por uma série de exames em diferentes coordenadorias, começando pela Tanatologia, Antropologia Forense, Anatomia Patológica, Necropapiloscopia, DNA, Toxicologia e, por fim Radiologia. Foi indicado, ainda, que não houve o uso de arma de fogo.

Outros exames complementares ainda estão em fase de desenvolvimento e, segundo o perito médico legista do DPT, Paulo Peixoto, dentro de dez dias ele saberá qual foi a causa da morte e outros detalhes sobre o crime. "Nós estamos levantando os exames para saber se ele foi decapitado antes ou depois da carbonização", afirmou.

Paulo confirmou, ainda, que as tatuagens foram removidas por objeto cortante, mas disse não poder afirmar se isso foi feito para dificultar a identificação da polícia. As informações são do Correio.

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