Polícia

Venda de terreno teria motivado morte de empresário em Feira de Santana, diz polícia

Em cumprimento a mandados judiciais, policiais militares conduziram três pessoas para a Delegacia de Homicídios no final da manhã desta quarta-feira (30).

30/07/2014 às 18h50, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

A venda de um terreno teria motivado o crime que matou o empresário Gil Marques Porto Neto, no dia 21 de maio deste ano, no Largo São Francisco, bairro Kalilândia, em Feira de Santana. Em cumprimento a mandados judiciais, policiais civis e militares conduziram três pessoas para a Delegacia de Homicídios, no Complexo de Delegacias de Feira de Santana, no bairro Sobradinho, no final da manhã desta quarta-feira (30). Posteriormente, uma quarta pessoa também foi conduzida à delegacia.

Entre os conduzidos estava a pfem (policial feminina) Fabiana Kary dos Santos Silva, cujo mandado judicial foi expedido para o marido dela, o ex-agente penitenciário Gregório dos Santos Teles, acusado de matar o empresário, e o segurança Marcos Azevedo Menezes, conhecido como ‘Xexeu’, que segundo a polícia não tem envolvimento na morte do empresário, mas em outros crimes.

A pfem, que foi conduzida apenas por estar no interior da residência onde o mandado estava sendo cumprido, foi ouvida e liberada.

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De acordo com o coordenador de polícia do Interior (1ª Coorpin), delegado Ricardo Brito, um terreno localizado na Avenida Nóide Cerqueira teria sido vendido por Gil e Gregório dos Santos Teles, em dezembro de 2013, invadiu o terreno e estava murando. Gil passou pelo local e viu a placa de venda, então ele ligou para o telefone que estava na placa e Gregório atendeu a ligação. Gil foi ao local, discutiu e fotografou Gregório, que diferente do que havia sido divulgado anteriormente pela polícia, não chegou a vender o terreno para terceiros. Apesar de Gregório não ter vendido o terreno, uma escritura falsa do mesmo foi encontrada na casa dele.

“Gregório invadiu o terreno e Gil, como foi o intermediário na venda deste terreno, teve uma discussão com ele. Gil teria tirado fotos de Gregório, que decidiu matá-lo. Esse problema começou em dezembro de 2013 e culminou na morte de Gil em maio de 2014”, informou Ricardo Brito.

Ainda de acordo com o delegado, a escritura falsa foi encontrada na residência de Gregório, após o cumprimento do mandado de busca, assim como uma arma. “A princípio, a policial, que é esposa dele, afirmou que a arma era dela, mas agora já mudou a versão e disse que a arma é do Gregório. Por isso, precisamos ouvi-lo para fazer uma acareação”, afirmou.

Envolvimento em outros crimes

O delegado informou ainda que Gregório dos Santos Teles é suspeito de envolvimento em mais quatro homicídios, ocorridos durante o período da greve da Polícia Militar. O policial militar Rivaldo Leite das Virgens também foi preso por participação nos crimes, assim como Marcos Azevedo Menezes. Outro policial, identificado como Eudson Cerqueira Carvalho, está sendo procurado pela polícia, também pelo mesmo motivo. O delegado ressalta que os policiais e Marcos não têm envolvimento com a morte de Gil Porto Neto. “O Gregório é o autor e mentor e os outros estão envolvidos em crimes ocorridos durante a greve”, disse o delegado Ricardo Brito.

As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade / Fotos: Acorda Cidade

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