Feira de Santana

Nova eleição para escolher diretoria do Feiraguay será realizada na próxima semana

Duas chapas estão escritas para a nova eleição: uma encabeçada por Rodrigo Sodré e outra por Marcus Santos, que foi indicado por Nelson Dias.

30/07/2014 às 11h40, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

A junta interventiva à frente da Associação de Vendedores Ambulantes de Feira de Santana (Avamfs) vai realizar novas eleições para escolher a administração do Feiraguay. O Tribunal de Justiça da Bahia suspendeu o último processo eleitoral, que reelegeu Nelson Dias como presidente. Duas chapas estão inscritas para a nova eleição: uma encabeçada por Rodrigo Sodré e outra por Marcus Santos, que foi indicado por Nelson Dias.

Roque Brito Júnior, presidente da Junta Interventiva do Feiraguay, informou que as próximas eleições serão realizadas no dia 5 de agosto, às 19h, no Centro Paroquial de Santana, ao lado do Feiraguay. Ele explicou que todos os comerciantes que estão em dias com os cofres da Associação estão aptos a votar. Os que estão com dívidas, Roque explicou que a Junta Interventiva abriu um desconto para que débitos retroativos fossem acertados.

“Tem comerciantes que tiveram perdas na estrada, o que causou danos para eles, outros não concordavam com a diretoria que estava gerenciando o Feiraguay, então, nesses 60 dias a Junta abriu negociação com desconto para quem quer ficar em dias. Não sei quantas pessoas estão aptas a votar por esse motivo, já que a relação é atualizada diariamente, mas a média é mais de 200 pessoas. Conseguimos fazer muitas negociações”, afirmou.

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De acordo com o presidente da Junta Interventiva, a associação tem o papel de gerir administrativamente e financeiramente o Feiraguay. Porém, de acordo com ele, no ano passado foi surpreendido com a informação de que a Avamfs também estava gerindo o Mercado de Arte Popular (MAP). Roque ressalta que desde que a Junta assumiu o entreposto comercial, que ele tanta ter acesso à negociação escrita, porém foi informado que essa negociação foi firmada apenas 'de boca'. “Judicialmente não temos como dar continuidade a esse acordo, que foi feito de boca”.

Estatuto

Roque Brito Júnior ainda falou sobre um dos pontos do estatuto, que considera obrigatória a presença dos comerciantes durante as assembleias, assim como a obrigatoriedade para que todos se mantenham em dias com o pagamento da taxa para a associação.

“Passamos um comunicado no Feiraguay avisando sobre essas obrigatoriedades, pois o estatuto, que está registrado em cartório, diz que aquele que deixa de cumprir com essas obrigações pode ser punido, inclusive, com a perda do ponto. Nossa sugestão é que essa cláusula deixe de existir, pois entendemos que ela é inconstitucional”, afirmou.

De acordo com Roque Brito, o estatuto do Feiraguay nunca havia sido divulgado pela antiga administração para os comerciantes. Ele afirma que desde o dia 6 de junho, quando a Junta Administrativa assumiu a gerência, muitas mudanças já foram feitas.

“Quando entramos encontramos uma associação devedora, com débito de telefone, água e luz, funcionários com férias vencidas e, em 45 dias, sanamos todos os débitos. Hoje temos dinheiro em caixa, aproximadamente 10 mil reais. Está tudo registrado e nós vamos prestar contas na próxima audiência”, declarou.

Em contato com o Acorda Cidade, Nelson Dias reconheceu que existiam algumas dívidas da associação, mas se defendeu e disse que está com as contas dele em dias. “Gostaria que me respeitasse, pois só havia duas contas de telefone e duas de INSS e isso está registrado em ata. Sempre tive funcionários de carteira assinada e sempre paguei em dias. Não devo nada, meu nome é limpo. Deixa a eleição acontecer e vamos esperar quem vai ganhar”, afirmou.

Problemas estruturais

Roque Brito Júnior ressaltou, ainda, os problemas estruturais do Feiraguay, que, segundo ele, devem ser prioridade nas ações da chapa que ganhar a eleição. Além disso, ele relatou problemas na segurança e falou sobre a falta de hidrantes.

“Nosso telhado hoje é uma peneira. Eu tenho um box lá e todo final de tarde tenho que cobrir toda a mercadoria com plástico, pois já fui vítima de um prejuízo enorme. Esperamos que qualquer uma das chapas que ganhar faça de imediato uma revisão naquele telhado ou a confecção de um novo trabalho. Sabemos que isso não se faz de um dia para o outro e que não é barato, então será necessário um convênio”, afirmou. 

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