Enterrados corpos do policial civil e PM mortos após assaltos em Salvador

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Foram enterrados na tarde de quinta-feira (24), no cemitério Bosque da Paz, em Salvador, os corpos de um policial civil e de outro militar que foram assassinados na quarta-feira (23) durante assaltos em bairros diferentes da capital. Este ano, 17 policiais civis e militares foram mortos na Bahia.

O primeiro enterro foi de Jorge César de Castro Pereira, policial civil que trabalhava na delegacia de Cajazeiras X. Ele foi baleado na estrada velha do aeroporto por três homens que estavam em um carro vermelho e faziam assaltos. A polícia não soube informar se o policial reagiu.

Trinta minutos depois do primeiro enterro, o corpo do soldado da PM Fábio Ferreira Rosas também foi enterrado com honras militares. Ele estava de folga e foi vítima de assalto no bairro da Liberdade. Pelos dados do governo, dois policiais civis e quinze policiais militares morreram na Bahia este ano. Apenas um PM estava em serviço.

Para Bernardino Gayoso, do sindicato da Polícia Civil, os policiais devem buscar locais mais seguros para evitar ataques de criminosos. "Que busque locais mais seguros, locais que não sejam o local onde estão trabalhando, a área da delegacia em que eles estejam trabalhando. É o nosso desafio contra a criminalidade por conta dos presos que estão dentro das delegacias e nos deixam vulneráveis", relata.

Casos

Um policial militar foi morto durante assalto na noite de quarta-feira (24), em Salvador. O soldado Fábio Ferreira Rosas, de 34 anos, foi vítima de suposto latrocínio, de acordo com apuração inicial da polícia.
Segundo informações premilinares da 37ª Companhia Independente da PM (CIPM), ele teria sido reconhecido pelos autores do crime, que dispararam vários tiros contra a vítima. Três são suspeitos do crime e são conhecidos como "Aranha", líder do tráfico de drogas, "Tio Chico", "Coruja" e "Troncho".

O homicídio ocorreu na Avenida Gaspar de Lemos, no bairro Liberdade, por volta das 21h. O PM trabalhava na 40ª Companhia Independente da PM (CIPM) e era policial desde 2005. Ele foi socorrido para o Hospital Ernesto Simões e morreu na unidade.

Já o investigador Jorge Castro Pereira foi morto na garagem de uma empresa de transporte de caçamba, na Estrada Velha do Aeroporto, também Salvador. O policial também teria sido reconhecido por conta da presença da arma. Três homens são apontados por envolvimento no crime, de acordo com testemunhas. Elas disseram ainda que os criminosos fugiram levando o celular e a carteira da vítima.

Uma delas, que preferiu não se identificar, disse que o homem foi morto quando chegava à empresa, que pertence a um amigo. "Ele [o policial] tinha acabado de entrar na empresa, aí eles [os criminosos] entraram dizendo 'perdeu, perdeu'. Acho que quando viram que ele era policial, aí atiraram", conta. Ainda segundo a testemunha, os criminosos levaram apenas o relógio, os documentos e a pistola da vítima. Nenhum pertence da empresa foi roubado.

Fonte: G1