Feira de Santana

Agentes fazem 'vaquinha' para aumentar muro de presídio e inibir tentativas de fuga

De acordo com o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia, os agentes estavam cansados das constantes ocorrências de tentativas de fuga de internos.

24/07/2014 às 10h44, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade

Os agentes penitenciários do Conjunto Penal de Feira de Santana, em acordo com o diretor Edmundo Memeri Dumet, se uniram para investir recursos próprios na segurança da unidade. De acordo com o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), os agentes estavam cansados das constantes ocorrências de tentativas de fuga de internos dos pavilhões e aumentaram o muro do presídio.

"Pela altura atualmente projetada, só bastava que um interno colocasse outro em seus ombros, para conseguir transpô-lo e fugir por um vasto matagal que possibilita se esconder dos policiais que fazem a guarda nas guaritas”, informa uma nota do sindicato.

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O diretor ressaltou que o investimento dos agentes foi uma antecipação de algo que seria feito pelo Governo do Estado e que a ação deles não foi negada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).

A nota também denuncia um matagal que circunda a unidade, capaz de cobrir qualquer pessoa e que os funcionários pensam na possibilidade de investir na terminação do refeitório, cujas obras ainda não foram concluídas.

“Como se não bastasse tudo isso, a quantidade insuficiente de funcionários que se revezam nas atividades faz com que os servidores ausentem-se de alguns postos para atender a necessidade de realização de outros serviços. Talvez por esse motivo, possamos entender que o minielefante branco e amarelo (minipresídio) que está dentro da unidade ainda não foi ativado (…) O local destinado ao descanso é de verdadeiro clima de tensão. Parte do teto desabou, instalações elétricas expostas em contato direto com a água, infiltração nas paredes e muito mais. Perguntamos aqui quando haverá o fim do descaso com o sistema prisional baiano?", questiona a entidade que representa os agentes penitenciários.

Com informações do repórter Aldo Matos do programa Acorda Cidade

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