Bahia

'Ficam os traumas', diz Wagner sobre a greve de policiais militares na Bahia

Governador estava em reunião para discutir segurança ao receber notícia. Em discurso, ministro da Justiça enfatiza violação constitucional com greve.

17/04/2014 às 16h00, Por Maylla Nunes

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"Nos tranquiliza, mas não diria que podemos comemorar. Ficam os traumas desses dois dias de greve", afirmou o governador Jaques Wagner assim que soube do fim de greve dos policiais nesta tarde de quinta-feira (17). Mesmo assim, ele afirma que as tropas federais e do Exército ficam na cidade até a situação se normalizar.  “A minha combinação com o ministro da Justiça é de que o processo está mantido e faremos uma nova avaliação após o feriado”, acrescenta.
 
O governador participava de reunião com a cúpula de segurança, entre eles o ministro Eduardo Cardozo, para debater o esquema de segurança na Bahia com a diminuição de policiais, quando soube do resultado da assembleia dos grevistas. "O direito a qualquer reivindicação não é superior ao direito da população a ter segurança, que é quem nos paga. O bom senso voltou", afirmou Wagner.
 
No encontro, também estavam o comandante da 6ª Região Militar, general Racine Bezerra, o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, e representantes das Forças Armadas, da Força Nacional e da Polícia Federal.
 
Em pronunciamento, o ministro Cardozo afirmou que houve clara violação à Constituição por parte dos grevistas. "Não é possível que interesses corporativos estejam acima do interesses da sociedade. Onde existirem esses movimentos, o Estado Brasileiro estará solidário". O ministro disse que viajou à Bahia para demonstrar apoio ao governo estadual e ser solidário à população baiana. "A Bahia fica como exemplo democrático de que não vai aceitar interesses corporativos fiquem acima do direitro da população", enfatizou.
 
Foram registrados 39 homicídios em Salvador e região metropolitana pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia durante pouco mais de 42 horas desde o início da greve, que começou por volta das 19h30 da terça.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da SSP, esse número foi contabilizado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa até as 13h40 desta quinta-feira. A secretaria ressalta que ainda é preciso um período de investigação para confirmar ou não a relação entre as mortes e a redução do policiamento nas ruas devido à greve da PM. As informações são do G1.

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