Feira de Santana

Greve da PM: sem espaço no rabecão, corpos são colocados um em cima do outro

Na manhã de hoje (17), o Departamento de Polícia Técnica (DPT) recebeu muitas famílias de vítimas.

17/04/2014 às 11h40, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade
 
16 de abril de 2014, o dia mais violento que Feira de Santana já teve. Por conta da greve da Polícia Militar, deflagrada na última terá-feira (15), o clima de insegurança e medo se instalou na cidade e cerca de 30 mortes violentas em apenas um dia – O número exato ainda não foi confirmado. 
 
Destas mortes, uma foi latrocínio (roubo seguido de morte), que vitimou um policial militar, quatro foram autos de resistência (morte em confronto com policiais) e os demais homicídios. 
 
Não havia espaço para tantos corpos nos rabecões (veículo que transporta corpos) do Departamento de Polícia Técnica e muitas vítimas foram colocadas uma sobre as outras conforme mostra a foto acima. Na greve de 2013, dez pessoas foram mortas na cidade.
 
 
Na manhã de hoje (17), o Departamento de Polícia Técnica (DPT) recebeu muitas famílias de vítimas.  O Acorda Cidade divulgou ontem parte dos crimes registrados na quarta-feira.

Trabalhos no DPT

 
O trabalho dos peritos técnicos do DPT foi intenso. O perito criminal, Renato Lacerda,  coordenador regional do DPT de Feira, informou que a partir do momento que iniciou-se as ocorrências de homicídios na cidade, um plano já tinha sido montado.
 
“Começamos a acionar as equipes escaladas para trabalhar. Desde ontem de manhã, até essa madrugada, já utilizamos quatro equipes. Alguns corpos já foram liberados ontem, cerca de quatro. Hoje temos 21 corpos no necrotério, desses, cinco já estão sendo liberados e estamos preparados para o possa acontecer. Estamos com oito guias do Clériston, de corpos que ainda virão para cá”, informou.
Com a grande quantidade de vítimas, é grande também o número de familiares no órgão. O perito criminal pediu a compreensão dos familiares, já que segundo ele, o trabalho de perícia é lento, com o agravante da quantidade de corpos que chegaram sem identificação. 

Com informações do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade

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