Feira de Santana

Com alto número de mortes, DPT tumultua e coordenador pede redução de familiares no local

O perito criminal pediu a compreensão dos familiares, já que segundo ele, o trabalho de perícia é lento, com o agravante da quantidade de corpos que chegaram sem identificação.

17/04/2014 às 10h48, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso 
 
Com um grande número de mortes violentas em Feira de Santana durante o primeiro dia de greve da Polícia Militar na Bahia, o trabalho dos peritos técnicos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi intenso. Renato Lacerda, que é perito criminal e coordenador regional do DPT de Feira, informou que a partir do momento que iniciaram-se as ocorrências de homicídios na cidade, um plano já tinha sido montado.
 

 
“Começamos a acionar as equipes escaladas para trabalhar. Desde ontem de manhã até essa madrugada, já utilizamos quatro equipes. Alguns corpos já foram liberados ontem, cerca de quatro. Hoje temos 21 corpos no necrotério, desses, cinco já estão sendo liberados e estamos preparados para o que possa acontecer. Estamos com oito guias do Clériston de corpos que ainda virão para cá”, informou.
 
Com a grande quantidade de vítimas, é grande também o número de familiares no órgão. O perito criminal pediu a compreensão dos familiares, já que segundo ele, o trabalho de perícia é lento, com o agravante da quantidade de corpos que chegaram sem identificação. 
 
“Quero chamar a atenção da sociedade, pois a demora em uma situação como essa é normal. Não temos como liberar todos os corpos no mesmo momento, pois serão periciados, já que foram vítimas de arma de fogo. Estamos com várias equipes no necrotério e vamos ter reforço de regionais vizinhas, caso a greve continue. Os corpos que estão no Clériston serão transferidos para cá, assim que forem surgindo vagas”, afirmou.
 
Segundo Renato Lacerda, a expectativa é que todos os corpos que estão no DPT sejam liberados ainda nesta quinta-feira (17), mas ele ressaltou que isso vai depender de diversos aspectos, como a identificação e a perícia, por exemplo. 
 
“Não precisa vir a família toda para o DPT. Pedimos que venha apenas um parente para adiantar as questões funerárias. Tem corpos que foram liberados e ainda estão aqui porque a funerária não veio buscar. Pedimos a compreensão da população pois é uma situação de catástrofe. Isso nunca tinha acontecido em Feira de Santana” finalizou. 
 
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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