Polícia

Comandante geral diz que não vê possibilidade de greve da PM

Segundo ele, as mudanças visam melhorar o serviço prestado pela corporação.

25/02/2014 às 17h42, Por Andrea Trindade

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Laiane Cruz
 
O comandante geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, esteve na manhã desta terça-feira (25) em Feira de Santana para orientar os policiais que farão parte das escalas durante o Carnaval sobre as mudanças que ocorrerão na segurança da festa, além de parabenizar a equipe pelo desempenho na redução dos crimes praticados no município.
 
“Nós viemos trazer as mudanças que vão ocorrer durante o Carnaval em Salvador e parabenizarmos também a equipe de Feira de Santana pela diminuição nos crimes letais intencionais, fazendo campeã a cidade de Feira de Santana nesse ponto”, afirmou o coronel Castro.

 
Greve da Polícia
 
Questionado em entrevista coletiva após o evento sobre a ameaça de paralisação por parte de alguns policiais no mês de março, depois do Carnaval, o coronel Alfredo Castro afirmou que não vê essa possibilidade.
 
“Acho que essas conotações visam desestruturar o momento em que estamos vivendo. Nós estamos quebrando a barreira que existia entre o governo e a instituição chamada PM e não podemos nesse momento ir pressionar através de ameaças de paralisações. Então eu não vejo nenhuma possibilidade dessa paralisação em decorrência de qualquer fato porque nós estamos no diálogo, estamos nas propostas”, pontuou.
 
 
Ainda de acordo com Castro, existe a projeção da implantação de uma nova Rondesp (Rondas Especiais da Polícia Militar) no município. “Estamos com a Ceto (Companhia de Emprego Tático Operacional), que é uma projeção da próxima Rondesp. Então vocês fiquem certos que a modernização vai passar por Feira de Santana”, finalizou.
 

Mudanças nas companhias

 
O coronel Castro explicou os motivos que levaram o comando geral da PM a realizar um rodízio de oficiais em algumas Companhias Independentes de Feira de Santana (CIPMs) e em outras cidades da Bahia.
 
 
 
Segundo ele, as mudanças visam melhorar o serviço prestado pela corporação. “O rodízio faz parte de uma oxigenação, visando melhorar ainda mais. Em Feira de Santana, a referência de coronel Amom Pereira (ex 64º CIPM), a de major Leonir Moraes (ex 66ª CIPM), a de major Márcio Mazza (ex 67º CIPM) são as melhores possíveis. Tanto é que houve índice de redução e com isso, às vezes, é até uma incoerência dizer que em time que ganha não se muda, mas não é essa a visão que nós temos da Polícia Militar”, afirmou Castro, acrescentando que a 65º CIPM, única companhia que não recebeu novo comando, também poderá sofrer mudanças.
 
Sobre a polêmica envolvendo a nomeação do Major Florisvaldo Ribeiro, que foi transferido do comando da 6ª CIPM de Rio Real para ocupar o cargo na 67º de Feira, o comandante geral da PM explicou que a vinda dele não é em decorrência da culpa – o major está sendo investigado por suspeita de participação em grupos de extermínio em Rio Real. 
 
“Foi uma maneira que nós tivemos de diminuir as tensões que estavam ocorrendo lá. Tiramos o major Ribeiro não pela sua fragilidade, mas sim pelas condições de conflito entre as instituições e o comando da instituição achou por bem tirá-lo e trazer para Feira de Santana, que vocês vão ver que é um homem sério, competente, e tem condições de atuar em uma unidade de comando da corporação em Feira de Santana”, declarou Castro.
 
Sobre os policiais que foram exonerados dos cargos de comandante, o coronel Castro afirmou que após o carnaval irá ouvi-los e receber sugestões deles, inclusive de opções de lugares onde podem continuar trabalhando, e acrescentou sobre o coronel Adelmário Xavier, comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL): “Ele já foi várias vezes "pinçado" para retirada, mas existe uma comoção muito grande, porém é um cargo de projeção”.

Fotos e informações do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade

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