Especialista tira dúvidas sobre cirurgia refrativa

Quem é refém dos óculos entende: a cirurgia refrativa é um sonho. Libertar-se de instrumentos necessários para auxiliar a ter uma visão melhor, como lentes de contato e óculos, não é apenas uma questão estética e de comodidade. 

 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os defeitos refrativos, mais conhecidos como miopia, hipermetropia e astigmatismo, acometem 50% da população e podem trazer sérios prejuízos visuais aos portadores se não forem corrigidos no momento certo.

 

O médico Adilson Afonso, especialista em cirurgia refrativa, esteve no programa Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (12), onde explicou o que é a cirurgia refrativa, quem pode fazer e quais critérios para a realização do procedimento.

 

Acorda Cidade – O que é a cirurgia refrativa e quem pode fazer?

 

Adilson Afonso – Essa cirurgia é uma sub especialidade da oftalmologia que corrige os graus, então a princípio qualquer pessoa que usa óculos está indicado para fazer a cirurgia. É necessário que a pessoa passe por uma avaliação e por exames para classificar que tipo de cirurgia deve ser feita.

 

AC – Como é feita a cirurgia?

 

Adilson Afonso – A cirurgia é rápida e é feita com muita tecnologia. Eu costumo dizer que uma das melhores oportunidades de acerto para o paciente é uma boa indicação e uma boa programação da cirurgia. Depois do procedimento, a pessoa vai seguir as orientações do médico e seguir as consultas de revisão.

 

AC – Existem riscos?

 

Adilson Afonso – Na medicina, talvez essa seja uma das cirurgias de menor risco, pois há corte e não dá ponto. É uma cirurgia feita a laser, feita na córnea e dessa maneira conseguimos bons resultados com um risco bem menor.

 

AC – Qual a diferença entre miopia e hipermetropia?

 

Adilson Afonso – Miopia é justamente o contrário de hipermetropia. A miopia é um vício que faz com que o paciente não enxergue bem para longe. Ele tem uma visão boa para perto. Já a hipermetropia faz com que o paciente tenha a dificuldade para enxergar de perto. É importante identificar, pois cada um tem uma técnica específica para corrigir esse grau.

 

AC – Qual critério para o paciente fazer essa cirurgia?

 

Adilson Afonso – A pessoa tem que fazer uma avaliação com um oftalmologista e fazer os exames específicos da cirurgia. Se a pessoa tem o grau e se os exames estiverem normais, ela pode fazer a cirurgia. Se o paciente for hipertenso ou diabético, por exemplo, deve estar com a patologia controlada.